Devo suspender todos os petiscos do meu cão? (sobre os petiscos contaminados)
Nas últimas semanas, todos nós que gostamos de pets assistimos estarrecidos às notícias de animais internados após o consumo de alguns petiscos comerciais, infelizmente com diversos óbitos registrados em cães.
O que aconteceu, segundo as investigações, é que houve uma troca (ainda não se sabe se acidental ou não) em embalagens de um composto chamado propilenoglicol, que na verdade continham monoetilenoglicol.
O propilenoglicol é um produto químico utilizado nas indústrias para fabricação de alimentos para humanos e animais; seu uso é permitido desde que seja adquirido de empresas registradas e idôneas. Já o monoetilenoglicol é um composto tóxico, geralmente utilizado no processo de refrigeração, e é encontrado em baterias, motores de carro, freezers e geladeiras. Esse mesmo composto foi envolvido na morte de pessoas que consumiram a cerveja Backer, em 2019, em Minas Gerais.
O monoetilenoglicol é um solvente que causa principalmente falência renal em cães e seres humanos, com lesões ao fígado também. Animais que ingerem esse produto precisam ser tratados em questão de horas, pois as lesões renais são rápidas e irreversíveis.
Nos últimos dias o Ministério da Agricultura recomendou que diversos lotes de petiscos fossem recolhidos do mercado, em especial os que constassem na lista de ingredientes o composto propilenoglicol (que poderia estar adulterado).
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