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Dra. Vanessa Muradian

ELETROQUIMIOTERAPIA NO TRATAMENTO DE MELANOMA ORAL

Trabalho apresentado e publicado nos Anais do III Encontro Brasileiro de Eletroquimioterapia Veterinária, dezembro de 2016

ELETROCHEMOTHERAPY AS TREATMENT OF ORAL MELANOMA

Vanessa Muradian¹, Paulo Roberto Valente², Juliana Kowalesky³

¹PetProLife, São Paulo, SP, Brasil

²Clínica de Cães e Gatos VV, São Paulo, SP, Brasil

³Médica Veterinária Autônoma, Associação Brasileira de Odontologia Veterinária

contato@petprolife.com.br

Abstract: Malignant melanoma is one of the most common and aggressive tumors in the oral cavity of dog. The tumor has a poor prognosis because of rapid invasion to surrounding normal tissue and a high likelihood of regional and distant metastases early in the course of the disease. Current treatment recommendations are local control with curative-intent surgery and/or radiation therapy and systemic adjunctive therapy. The median survival time (MST) in canine oral malignant melanoma is significantly shorter for tumors at more advanced stages in the World Health Organization (WHO) clinical staging system. Mandibulectomy or maxillectomy can achieve complete excision in gingival tumors, although it may result in microscopically incomplete resection in cases of extensive and invasive neoplasms. MST is reported to be 17–18 months for stage I, 5–6 months for stage II and 3 months for stage III disease. A 12yo female Poodle dog was presented to PetProLife oncology service with a 5cm neoplasia on right jaw. Owners refused mandibulectomy and ECT was suggested along with conservative surgery. 2 weeks after the procedure a red 2 mm spot was noted where tissue was cut suggesting remaining tumor and a new ECT procedure was suggested along with excision of a 1 cm jaw bone. No intravenous chemotherapy was performed. 2 years after ECT dog remains free of new neoplastic growth.



Resumo: Melanoma é um dos tumores malignos mais agressivos na cavidade oral dos cães. O prognóstico costuma ser ruim devido a rápida invasão tecidual; os tratamentos de eleição são cirurgia para excisão tumoral e/ou radioterapia e quimioterapia adjuvante.O tempo médio de sobrevida é considerado mais curto para cães com tumores maiores de acordo com o estadiamento da Organização Mundial da Saúde, sendo 17-18 meses para estagio I, 5-6 meses para estágio II e 3 meses para estágio III. Paciente canina, Poodle, 12 anos, foi atendida pelo serviço de oncologia da PetProLife com formação em mandíbula direita cerca de 5 cm e diagnóstico prévio citológico de neoplasia maligna (inconclusiva quanto à origem histológica). Segundo proprietários formação tinha surgido há cerca de 15 dias e estava dobrando de tamanho cada semana. Radiografia mostrava processo ósseo lítico em porção rostral da mandíbula, foi sugerido mandibulectomia mas proprietário decidiu por cirurgia conservadora.





Aspecto da formação tumoral no dia da excisão e primeira sessão de ECT









Realizada excisão tumoral com eletroquimioterapia (ECT) nos bordos. Quinze dias após o procedimento foi notado aspecto hiperêmico de 2 mm em coto da mandíbula, suspeito de proliferação tumoral. Recomendado então retirada de parte do osso (1 cm) e realização de eletroquimioterapia nos bordos. Os procedimentos de eletroquimioterapia foram realizados conforme protocolo: aplicação endovenosa de bleomicina na concentração de 15 U/m² seguida, após intervalo de 7 minutos, da aplicação de 8 pulsos elétricos, com duração 100 µseg, frequência 5 KHz, entregues por eletrodos em agulha paralelos e voltagem de 1200 V/cm. Nenhum tratamento quimioterápico endovenoso foi instituído.








Na foto ao lado aspecto da região onde estava o tumor 20 dias após a primeira cirurgia com ECT, pronta para a segunda (e última) sessão de tratamento.








Dois anos após final do tratamento paciente permanece sem sinal de crescimento tumoral, concluindo-se que a eletroquimioterapia é uma modalidade de tratamento segura e eficaz que pode ser utilizada em combinação com cirurgia conservadora para tratamento de melanoma oral.


Paciente logo após cirurgia e, na foto abaixo, 2 anos após tratamento.



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